Nos primórdios, quando Telperion e Laurelin ainda derramavam sua luz sobre Valinor, e os bits eram contados em ábacos de madeira, surgiu um aprendiz curioso, fascinado pelo poder oculto dentro das máquinas.

Aprendeu primeiro a comandar as sombras nas telas negras — DoS, BASIC, Lotus 1-2-3 — onde cada linha era um feitiço e cada erro, uma lição e lá aprendeu a arte de ensinar.

Tornou-se então encantador de máquinas que cuspiam toneladas de papel pintado, dominando os artefatos barulhentos e teimosos nos antigos domínios da EMPREL, onde os grandes Mainframes ainda rugiam em salas geladas como cavernas sagradas.

Mas o destino, caprichoso como um daemon em loop, o levou a desafios maiores: Virtualização, Redes e Cloud, domínios instáveis onde a lógica e a imaginação dançam lado a lado. Participou da fundação de grandes data centers em terras universitárias UFRN, UFPE, UFMA, UFPI entre outras, ajudando a erguer templos digitais que sustentariam novas eras do conhecimento.

Mais tarde, como Líder de Infraestrutura e Cloud da USTORE na CLARO, guardou os sistemas de gestão e billing das nuvens corporativas — arte complexa que mistura métricas, magia e responsabilidade.

Hoje, em terras distantes do antigo continente, serve como Líder Técnico de Automação no grupo MC-SONAE, onde trilha o caminho da Observabilidade e Automação, buscando enxergar o invisível e compreender o pulso das plataformas on-premises tomando-as como lindos filhotes de Balrogs.

Entre um deploy e outro, contempla o mundo com um charuto em uma mão e uma cerveja na outra, lembrando que — no fim — todo LOG conta uma história, toda tecnologia é uma forma de magia e que a forma mais poderosa de adquirir conhecimento é compartilhando-o.

"Pois mesmo nos tempos modernos, há aqueles que ainda falam com máquinas... e elas, às vezes, respondem.”